A Clean Beauty — ou Beleza Limpa — nasceu como um movimento de transformação, com a promessa de transparência, segurança e respeito ao planeta. Mas, junto com seu crescimento, também emergiu um problema: o greenwashing.
O termo descreve a prática de marcas que utilizam expressões como “natural”, “verde”, “sem ingredientes tóxicos”, “sem parabenos”, “veganos” ou “eco-friendly” para transmitir uma imagem sustentável, sem que exista compromisso real com fórmulas, embalagens ou processos produtivos. Mais que marketing vazio, trata-se de um obstáculo ao avanço da sustentabilidade.
Pesquisas da Nielsen (2022) já revelam que 40% dos consumidores globais desconfiam de rótulos “verdes” sem certificações oficiais, sinalizando que o mercado precisa urgentemente de clareza.
1. Como identificar greenwashing: sinais de alerta

Greenwashing é sedutor porque fala a língua do desejo coletivo por sustentabilidade. Símbolos de folhinhas, embalagens em tons de verde e slogans como “vegano, eco-friendly” ou “natural” “sem químicas tóxicas” criam uma estética que sugere responsabilidade ambiental. Mas, sem nenhuma comprovação, é apenas ilusão.
Um estudo publicado na Journal of Business Ethics (2020) mostra que a maioria das estratégias de greenwashing se apoia em narrativas visuais, raramente acompanhadas de dados verificáveis. Em outras palavras, a aparência não garante sustentabilidade.
2. Leia além do marketing

Para escapar do greenwashing, é fundamental ir além do discurso publicitário e investigar o que está dentro do produto.
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Ingredientes: se na lista aparecem nomes como Petrolatum, Paraffinum Liquidum (óleo mineral) ou Cera Microcristallina, estamos diante de derivados do petróleo, que não se degradam no ambiente. O mesmo vale para silicones comuns em maquiagens, como Dimethicone, Cyclopentasiloxane (D5) e Trimethylsiloxysilicate, usados para dar efeito aveludado, mas que permanecem no ambiente aquático. Já no caso dos microplásticos, ingredientes como Polyethylene (PE), Nylon-12 ou Polymethyl Methacrylate (PMMA) são partículas sólidas de plástico que não se dissolvem, acumulando-se em rios e oceanos e chegando até à cadeia alimentar.
Para facilitar, alguns dos nomes mais comuns que merecem atenção são:
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Petrolatum / Mineral Oil / Paraffinum Liquidum (petrolatos)
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Dimethicone / Cyclopentasiloxane (D5) (silicones)
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Polyethylene (PE) / Nylon-12 / PMMA (microplásticos)
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Embalagens: outro ponto crucial. Se continuam 100% plásticas e descartáveis, dificilmente se trata de uma solução sustentável e devemos pressionar as marcas para que diminuam ao máximo o uso de plástico, priorizando materiais como papel, vidro, alumínio e oferecer sistemas de refil, que são alternativas reais. A BAIMS, por exemplo, já reduziu 75% do uso de plástico em suas embalagens, substituindo-o por opções de materiais biodegradáveis como o bambu, duráveis e recicláveis.
Ler além do marketing é, portanto, uma forma de proteger não apenas a pele, mas também o planeta. Se quiser entender mais sobre como reduzir o uso de plástico, vale dar uma olhada neste outro artigo sobre o combate à poluição plástica.
3. Selos de sustentabilidade: a prova real

Em um mercado saturado de promessas de fórmulas veganas e naturais, as certificações são a bússola para o consumidor. Ecocert COSMOS Organic e The Vegan Society não se resumem a logos: exigem auditorias independentes, rastreabilidade dos ingredientes e processos éticos em toda a cadeia produtiva.
De acordo com a Ecocert (2023), menos de 2% dos cosméticos lançados na Europa atingem a certificação COSMOS, o que demonstra o rigor desses critérios e sua importância na luta contra o greenwashing.
4. Beleza limpa é sustentabilidade de verdade
Beleza limpa vai muito além da ausência de químicos agressivos. É um pacto com a integridade e o respeito em cada etapa:
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Ingredientes realmente veganos, biodegradáveis e naturais – como manteiga de cupuaçu, óleo de argan, esqualano vegetal e sílica natural, que substituem derivados do petróleo sem agredir o meio ambiente.
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Origem responsável – fornecedores certificados, práticas justas de cultivo e transparência na extração.
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Embalagens conscientes – uso de bambu, vidro, alumínio e refis para reduzir o descarte e a poluição plástica.
Cada decisão, da formulação ao fim de vida do produto, carrega impacto ambiental e social. Você pode saber mais sobre esse tema neste texto sobre fórmulas biodegradáveis na maquiagem).
Greenwashing x Beleza Limpa de Verdade

5. Seja um consumidor questionador
O poder de transformação também está nas mãos de quem consome. Pesquisas da Harvard Business Review (2021) mostram que marcas transparentes são até duas vezes mais valorizadas pelos clientes.
Ser um consumidor crítico significa:
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Pesquisar antes de comprar — entender a origem e a composição do produto.
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Exigir clareza — sobre claims sobre vegano, certificações, fornecedores e processos.
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Dar feedback ativo — comentários e perguntas pressionam as marcas a se posicionarem com mais responsabilidade.
O silêncio fortalece o greenwashing; a cobrança constante gera mudança.
6. Transparência como antídoto ao greenwashing
A verdadeira luta contra o greenwashing não está apenas em evitar ou denunciar práticas enganosas, mas em apoiar marcas que mostram, com clareza, cada passo de sua jornada.
Na BAIMS, a transparência não é estratégia de marketing: é DNA. Fórmulas certificadas, biodegradáveis e seguras para a pele e para o planeta, embalagens com 75% menos plástico e sistemas de refil. Essa é a essência da beleza limpa de verdade — clareza, consistência e compromisso real. Quer conferir de perto? Conheça a Baims e veja nossas certificações oficiais aqui.
7. A sustentabilidade vai muito além do produto
Marcas que se envolvem em iniciativas ambientais concretas comprovam ainda mais o seu compromisso. Um exemplo é a ação “For Clean Oceans”, realizada pela BAIMS em parceria com a CleanHub, para combater a poluição plástica nos oceanos. Iniciativas assim mostram que a verdadeira beleza limpa não apenas formula, mas também age — em prol das pessoas, dos animais e do planeta.