Em nosso último post falamos sobre pigmentos e todas as suas variedades e consequências para o meio ambiente. Para nós, não basta dizer tudo que se é utilizado em nossas fórmulas, é preciso explicar de onde vem e o porquê das nossas escolhas, para que você se torne cada vez mais consciente dos impactos que os cosméticos têm na sua saúde e no meio ambiente.
Hoje explicaremos sobre os impactos do glitters, que são amplamente utilizados dentro de produtos de maquiagens ou corporais, ou até mesmo puros, aplicados diretamente sobre a pele para criar aquele efeito lindo, brilhante e festivo. O que muita gente não sabe são as sérias consequências e riscos que trazem ao meio ambiente, especialmente o marinho.
Talvez você já tenha ouvido falar que a maioria dos glitters são feitos de microplástico, que são pequenas partículas de plástico com menos de 5 mm de diâmetro. Nos oceanos, os animais marinhos e outros organismos aquáticos, confundem esses pedacinhos de plásticos com suas presas e acabam consumindo esses resíduos. E, muitas vezes, são ingeridos em excesso, causando problemas de saúde como o bloqueio do trato digestivo, vindo, eventualmente, a óbito por inanição.
Ah, mas e os glitters biodegradáveis? Alternativa ou mito?
Os glitters rotulados como biodegradáveis são geralmente feitos de celulose derivada de plantas, como eucalipto. Embora sejam uma alternativa mais ecológica, não são 100% biodegradáveis no meio ambiente, pois se decompõem completamente apenas em condições industriais específicas, como instalações de compostagem, e não se degradam facilmente em ambientes naturais como oceanos e solos.
Os glitters biodegradáveis são projetados para serem uma alternativa mais ecológica aos glitters convencionais. Feitos de materiais como celulose, algas ou outros biopolímeros naturais, esses glitters podem se decompor mais facilmente no ambiente do que os plásticos tradicionais. No entanto, a biodegradabilidade desses glitters depende de vários fatores, incluindo o material de que são feitos, as condições ambientais em que são descartados e os processos de tratamento de águas disponíveis.
Para que um material seja considerado biodegradável, ele deve se decompor completamente em um ambiente natural num período razoável, transformando-se em dióxido de carbono, água e biomassa pela ação de microrganismos. No caso dos glitters biodegradáveis, a biodegradação completa pode ocorrer em ambientes controlados, como instalações de compostagem industrial, onde há temperaturas elevadas, umidade controlada e a presença de microrganismos adequados.
Mesmo sendo biodegradáveis, se os glitters chegarem aos corpos d'água, eles podem causar impactos negativos a curto prazo:
- Microplásticos Temporários: Antes de se degradarem completamente, os glitters biodegradáveis podem atuar como microplásticos temporários, podendo ser ingeridos por organismos marinhos e causando obstruções ou outros problemas de saúde.
- Liberação de Toxinas: Se os glitters contiverem aditivos químicos ou corantes não biodegradáveis, ou tóxicos, esses componentes podem ser liberados no ambiente aquático.
Garantindo a Autenticidade dos Glitters Biodegradáveis
Nem todos os glitters rotulados como "biodegradáveis" são igualmente eficazes. Certificações reconhecidas, como a ASTM D6400 (nos EUA) ou a EN 13432 (na Europa), podem fornecer garantias de que o produto atende a certos padrões de biodegradabilidade. É importante pesquisar e verificar a composição do produto, bem como buscar por aqueles que possuam certificações confiáveis de biodegradabilidade e capacidade de ser compostável.
Embora os glitters biodegradáveis representem um bom avanço em relação aos glitters convencionais, é crucial entender suas limitações e possíveis impactos ambientais. Optar por produtos certificados e estar ciente das condições necessárias para a biodegradação completa é essencial para minimizar os danos ao meio ambiente. A Baims não utiliza nenhum tipo de glitter em suas fórmulas. Para entender um pouco mais sobre nossas composições, acesse o nosso blog: https://baims.com.br/blogs/novidades
